segunda-feira, 11 de abril de 2011

* Dentro de nós

Há uma xícara de café entre minhas mãos, um sorriso fraco cheio de mágoas e outras coisas nos meus lábios. Há também o frio da manha. Seco e morno. Como algo que, esquentando vagarosamente chega ao mais agradável calor e que, igualmente preguiçoso, ira dissipar-se com os raios fortes do sol ao meio dia.
Há um sorriso nos meus lábios, e um brilho dentro de mim.

Então, o meu querido, quando chegar ira trazer flores se estiver sentindo-se romântico. Ira beijar meu ombro e esse gesto me mostrara que todo brilho vem dali, dos olhos dele. Esta atrás dos olhos dele, ou no coração. Não sei ao certo. Esta morno, o dia esta morno e meu café também. A noite inteira passou, abreviada pelo vento, e meu pensamento voou para longe com a música silenciosa que espalhou suas notas tranquilas dentro de mim.

Há um pedido nos meus olhos, um sentimento forte em cada gesto.

Então ele ira voltar logo para casa. Correra pelas calçadas, atravessara ruas movimentadas, com seus carros monstruosos e feios, seu asfalto sujo e gasto, e vera flores e ouvira o canto dos pássaros pelo caminho, mas os ignorara, apenas para romper a porta antes das seis.

Ele sabe, estou aqui olhando o dia cair, esperando a hora chegar, sorrindo sem saber ao certo onde os caminhos verdadeiramente nos deixam quando resolvemos segui-los. Mas contente, por saber que pelo menos por um dia, uma semana ou uma vida, tornei-me a causa de um sorriso. Um sorriso lindo que ilumina o rosto que amo.

Há uma luz, que vem de dentro dele para dentro de mim, que brilha em nós. Essa luz fica acesa quando ele não esta, esperando ansiosamente ele voltar, atiçando-se com a imagem da sua presença, abrandando com a percepção de sua ausência tão profunda nas manhas. Arde, pura e fortemente, e quando ele volta arda sossegada. Brilha quente, dentro de mim. Brilha alegre, dentro de nós até de manha.

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